Um advogado brilhante, cheio de si e orgulhoso de sua notoriedade, defende um coroinha acusado de assassinar um arcebispo. Embora tudo indiq...
Um advogado brilhante, cheio de si e orgulhoso de sua notoriedade, defende um coroinha acusado de assassinar um arcebispo. Embora tudo indique sua inocência, o jovem diz que não se lembra do ataque.
Com tal enredo, esperamos encontrar um suspense perturbador, mas o que acabamos vendo é um clássico thriller policial que só se sustenta graças ao seu final (um pouco previsível para qualquer fã do gênero) e à boa atuação de Edward Norton, que estava fazendo aqui sua estreia no cinema.
Quanto ao resto, a direção plana e funcional de Gregory Hoblit é acompanhada pelo desempenho insípido e sem sabor de Richard Gere, que arregala os olhos de forma convincente quando se faz de surpreso e anda muito bem, com as mãos nos quadris, quando quer nos mostrar que seu personagem está preocupado.
As atrizes, por outro lado, têm de se contentar com papéis coadjuvantes preocupadas em dar ênfases em comportamentos absolutamente vazios: beber (a juíza) e fumar (a bela promotora): coisas boas, quando bem utilizadas, mas que não parecem querer dizer nada na trama do filme. Apenas Frances McDormand, em um pequeno papel como psicóloga, chama a atenção em seus breves confrontos com Edward Norton (que já conseguiu tirar o máximo proveito de seus parceiros, além de Richard Gere, aparentemente).